

MESA DE ABERTURA

Meu corpo é texto: Coletivos Poéticos e Performance. (Frederico Fernandes Garcia)
Esse projeto de pesquisa tem por objetivo principal desenvolver uma análise sobre o modus operandi de coletivos poéticos brasileiros, por meio das formas de intervenção e ocupação de espaços públicos, de sua performancialidade e modelos de participação social por meio da reapropriação da dimensão coletiva operadas por textos literários oralizados e escritos. Para tanto, as atividades deste projeto consistem na elaboração de cenários de ação dos coletivos investigados no projeto em rede Coletivos poéticos e políticas públicas de inclusão. A principal justificativa assenta-se no fato de que coletivos poéticos impactam a comunidade que os produz e, também, criam rede de relações, por meio da participação de membros externos, produzindo e atualizando os circuitos de afeto na comunidade. A proposta contribui para o entendimento de como os coletivos tornam-se instrumentos para uma política de desenvolvimento social sustentável. Alicerçada em teorias da estética relacional e da performance, a metodologia deste projeto dialoga com teóricos como Paul Zumthor, Nicolas Bourriaud, Itamar Even-Zohar, entre muitos outros. A proposta traz como benefício imediato o envolvimento entre pesquisadores da universidade e agentes culturais, escritores, poetas, slammers, promovendo uma relação de produção de conhecimento e de engajamento cultural entre participantes da pesquisa e acadêmicos.
FREDERICO FERNANDES GARCIA
A carreira de pesquisador de Frederico Garcia Fernandes está voltada, principalmente, para as relações entre oralidade, sonoridade e literatura. Autor de vários livros e coletâneas sobre o tema, além de artigos, assina também a tradução de algumas obras. Suas investigações encontram-se voltadas para temas como: mitos, lendas e causos de moradores ribeirinhos do Pantanal sulmatogrossense, a poesia urbana de rappers londrinenses e a poesia neovanguardista perfomática circulada em festivais poéticos italianos e, mais recentemente, coletivos poéticos. Foi um dos criadores da revista Boitatá, durante o período que coordenou o GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL (2004-2008). Mestre e doutor em Letras, participou de estágios de pós-doutorado no Canadá (Programa Visiting International Scholar, da Brock University - 2008-2009), e na Itália (Estágio Sênior CAPES - Università di Bologna - 2014-2015). Desde 1998, é professor junto à Universidade Estadual de Londrina, na qual desenvolve atividades de ensino e pesquisa com alunos da graduação e da pós-graduação. Em 2018, foi professor visitante junto à Minjiang University (China). É o atual coordenador do Comitê de Assessoramento em Letras, Linguística e Artes da Fundação Araucária. Foi presidente da ANPOLL - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Letras e Linguística, entre 2018 e 2021 e coordenou o Fórum de Ciências Humanas, Sociais, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes (FCHSSALLA) de 2020 a 2024, no qual trabalhou com políticas de financiamento e de gestão de pesquisa nas humanidades. Atualmente, produz e apresenta a coluna literária "Literatura Viva", veiculada pela Rádio UEL FM 107,09, além de responder pela direção científica da Associação Internacional de Lusitanista (AIL), edita as revistas Veredas e Boitatá.

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A voz do poeta como corpo em presença (Daniel Minchoni)
A voz do poeta como corpo em presença não como metáfora de estilo e todas suas implicações e possibilidades sonoras de expandir o limite experimental da poesia é um grande objeto de pesquisa de daniel minchoni, poeta performático persegue as possibilidades de uma vanguarda popular brasileira, experimenta sobretudo no que se convencionou chamar poesia expandida as reverberações do corpo e da voz, e sobretudo a relação entre audiência e poeta.
DANIEL MINCHONI
Artista da fala, fundou o poesia esporte clube e jovens escribas (rn) e sarau do burro, burruído, selo doburro, nolombo e nolombinho, cabaret revoltaire, menor slam do mundo, slam do corpo e phala'cia, núchleo phermanenthe de phesquisa em pherphormance e phala phoéthica (sp). seus livros são escolha o título (2006), iapois poisia, ouvivendo e carnevais (2013), ex-porro, poema sugo (2014) e rosário de boatos ou trancelim de outros (2016). seu livro mais novo é phala'cia (2022). Batizado pela comunidade surda como o Barbudo que grita, é Poeta, Performer, Produtor Cultural, Editor, Escritor, Artista Visual, Diretor de arte e Grafiteiro. Idealizador e Apresentador do Sarau Do Burro e Menor Slam Mundo, Curtocircuito SP de Slams Pequenos. Também é Editor do Selo doburro por onde publicou mais de 100 títulos. @danielminchoni